A minha bucket list nasceu depois de assistir “Antes de Partir”. Comecei com grandes sonhos, incluí restaurantes, exposições e uns 20 destinos. Muita coisa mudou, mas Curitiba sempre permaneceu. E agora, depois de conhecê-la, entendo por quê.
Curitiba é uma daquelas cidades que parecem ter sido pensadas para dar certo. Com suas ruas arborizadas, calçadas largas, ônibus elétricos e jardins bem cuidados, ela parece uma utopia urbana no meio do Brasil. Mas é real. E é linda.
Ali, aprendi que sustentabilidade não é marketing: é parte da identidade. Vi isso no cuidado com os espaços públicos, no estádio do Athletico Paranaense com teto retrátil e energia renovável, nas calçadas limpas, nos carros elétricos dos aplicativos, na naturalidade com que o verde ocupa a cidade.
Mas Curitiba também é memória. É pinheiro e araucária, é a história dos povos indígenas antes da chegada dos colonizadores, é o urbanismo planejado por Jaime Lerner, é o Jardim Botânico, o MON, o Parque Barigui. É o orgulho de ser boa para morar — e por isso, também excelente para visitar.
E foi muito além do que imaginei. Assisti a música brasileira na Ópera de Arame, vi o pôr do sol no parque, fiz um passeio afrocentrado e vi minha filha se divertir explorando texturas no Jardim das Sensações.
Curitiba me acolheu com generosidade e gentileza. Me disseram que os curitibanos são frios, mas eu só encontrei sorrisos e respostas pacientes para todas as minhas perguntas.
Voltei com vontade de ficar. E reafirmei o que aprendi lá atrás, no meu TCC: uma cidade só é boa de visitar se antes for boa para viver.
E Curitiba… é das boas.